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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Leitura: uma conquista social

Quem já parou para contar a infinidade de textos que lê a cada dia? São anúncios, jornais, revistas, bilhetes, avisos, cartas, manuais de instrução, obras literárias... Esta parece ser uma das práticas mais comuns nas sociedades modernas e letradas. No entanto, desenvolver a capacidade leitora nos alunos ainda é um desafio para os professores das séries iniciais.

O que é ler?

Na memória de muita gente, as primeiras aulas de leitura estão ligadas à recitação das letras do alfabeto, à procura de letras ou sílabas em jornais ou revistas, ao "treino" da leitura. Sabe-se, hoje, que ler é muito mais que a decifração do código escrito. É uma relação que se estabelece entre o sujeito-leitor e o contexto da leitura, atribuindo significados ao que se lê. Por isso, o uso social que se faz da leitura, ou seja, ler para informar-se, para instruir-se ou por prazer, como no caso de um texto literário, assume papel cada vez mais relevante.


Ler para aprender a ler

Nos últimos anos surgiu nas salas de aula um novo jeito de ensinar a ler. Antes, ofereciam-se textos completos às crianças apenas quando elas já dominavam o sistema alfabético. Os primeiros textos que os pequenos liam eram, em geral, recortes de situações, vazios de sentido – o famoso "Ivo viu a uva", em que ninguém conhecia nenhum Ivo, por exemplo. Atualmente, são apresentados textos reais, íntegros, verdadeiros, mesmo para os pequenos aprendizes que iniciam seu trajeto na leitura. Por quê? Porque mesmo sem compreender completamente o funcionamento do código escrito as crianças são capazes de interagir com os textos e deles extrair significados, mobilizando seus conhecimentos, levantando hipóteses, antecipando o conteúdo do que pode estar escrito ali.


Ler por prazer


Conhecendo o objetivo da leitura, as crianças aprendem a ler enquanto lêem. E esse exercício, por não ser enfadonho ou repetitivo, estimula o prazer de ler. Assim como os adultos, quando lêem um texto interessante, agradável ou divertido, as crianças não resistem à oportunidade de compartilhar seu prazer. E essa troca de experiências leitoras, por sua vez, gera o interesse por ler os textos que o colega citou, para sentir o mesmo prazer, criando uma espiral de novas experiências. Para isso, é preciso que a criança seja apresentada a diversos gêneros, dos contos de fada tradicionais aos contos modernos, da poesia às fábulas, das histórias de mistério às tocantes histórias reais.



Ler para aprender

Também se lê para aprender, para descobrir novidades, para se informar. Em sua trajetória de descobertas, a criança se encanta com tudo o que é novidade: desde decifrar um manual de videogame até ler sobre seu ídolo em uma revista ou jornal. E, assim, aprende a buscar a informação que deseja, isto é, a fazer uma leitura seletiva e dirigida. O papel do professor nesse momento deve ser auxiliar o aluno a decifrar os indícios que permitem essa seleção. Ler seletivamente é também um dos objetivos quando se deseja formar leitores competentes e autônomos.

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