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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Dia do Homem

Criação da data foi proposta por um médico com o objetivo de alertar os homens para questões relacionadas à saúde.
Que no dia 08 de março se comemora o Dia Internacional da Mulher, todo mundo sabe. Mas e quanto ao Dia do Homem?
Pouca gente sabe e não se vêem grandes comemorações por aí, mas eles também têm um dia em que são lembrados. No Brasil, é nesta sexta-feira, 15 de julho. Mundialmente, a data comemorativa é 19 de novembro, tendo inclusive o apoio da Organização das Nações Unidas – ONU.
A criação da data foi proposta em 1999, pelo médico Jerome Teelucksingh, de Trinidad e Tobago, com o objetivo de alertar os homens para questões relacionadas à saúde. No Brasil, foi justamente a partir da década de 90 que os estudos sobre masculinidade ganharam força. Com as conquistas obtidas pelas mulheres e os questionamentos levantados pelo movimento feminista, os homens começaram a ter que repensar o papel que ocupariam na sociedade.
Ainda hoje são consideráveis as diferenças entre os dois gêneros, que não abandonam as brincadeiras e implicâncias. Para a doutora em História e feminista de carteirinha Suely Gomes Costa, entre essas diferenças, uma das coisas que mais chamam a atenção é o cuidado feminino com a família.
“Quando uma mulher sai, mesmo que seja para passear, e ela sabe de um determinado vinho que o marido gosta ou de um remédio que o pai toma, por exemplo, (…) você vai ver essa mulher voltando para casa cheia de sacolas com coisas para a família. Este não é um comportamento que se nota entre os homens”, observa. “A mulher assume naturalmente para si uma postura de mártir no cuidado com a família e, com o tempo, começa a se manifestar contra isso”, afirma a historiadora.

Feminista apóia a data

Suely é uma das fundadoras do Núcleo de Pesquisas em História Cultural da Universidade Federal Fluminense – NUPECH UFF e estudiosa na área de cultura e gênero. Ela conta que entrou para o movimento feminista nos anos 80, depois de ficar desempregada e de seu casamento ter entrado em crise por causa da dependência que passou a ter de seu companheiro.
“Por eu não estar trabalhando, a dominação que ele exercia sobre mim passou a ser muito maior e eu comecei a me dar conta disso”, lembra. “Antes de isso começar a me afetar, eu me sentia amada pelo meu marido, querer uma presença maior minha dentro de casa e cobrar que eu trabalhasse menos. Todo o discurso feminista soava como um chororô”.
É um equívoco, no entanto, quem ainda pensa que as feministas são só aquelas que pregam a imagem do homem dominador e da mulher como vítima. Segundo Suely, uma vez que a mulher começou a reafirmar seus direitos, passou a ocupar também a posição de dominadora, sem se notar como tal. Ela destaca ainda o papel que a mulher tem na dominação que sofre. “Somos também parte do processo de dominação, ou porque concordamos ou porque não tomamos nenhuma atitude para mudar a situação”.
A historiadora aprova a data comemorativa e reafirma a necessidade de os homens pensarem nos problemas que os afetam dentro da sociedade. “Acho qualquer iniciativa que sirva para alertar para as problemáticas dos homens, louvável”.
Informações de Jornal do Brasil

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