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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Mentor do 11/9 enfrentará julgamento em NY; responsável pelo fim de Guantánamo renuncia

Publicada em 13/11/2009 às 16h18mO GloboAgências internacionais





WASHINGTON - A poucos quarteirões de onde ficavam as torres do World Trade Center (WTC), onde mais de 2.700 pessoas morreram em 2001, o mentor do maior ataque terrorista contra os Estados Unidos será julgado em alguns meses. Nesta sexta-feira, a Casa Branca anunciou a transferência de Khalid Sheikh Mohammed e outros quatro dententos da Base de Guantánamo para Nova York. Segundo o secretário de Justiça, Eric Holder, eles enfrentarão julgamento pelo tribunal civil americano. A autoridade disse que os promotores pedirão pena de morte para Mohammed e os demais acusados.
Inicialmente, o prazo para o fechamento de Guantánamo era janeiro de 2010, mas a Casa Branca não espera mais cumprir a data. Pôr fim à prisão na base americana em Cuba foi um dos principais pontos da campanha presidencial de Obama.
Em entrevista coletiva no Departamento de Justiça, Holder disse que promotores assumirão o julgamento dos cinco detentos envolvidos nos atetados de 11/9: Khalid Sheikh Mohammed, Waleed bin Attash, Ramzi Binalshibh, Mustafa Ahmad al-Hawsawi, e Ali Abd al-Aziz Ali.
No entanto, Abd al-Rahim al-Nashiri, mentor intelectual do ataque ao navio de guerra americano USS Cole, no Iêmen, e outros quatro detentos - Omar Khadr, Ahmed al Darbi, Ibrahim al Qosi, e Noor Uthman Muhammed -serão julgados pelo sistema militar.
A medida também poderá forçar o sistema judicial a enfrentar questões legais relacionadas à luta contra o terrorismo após os atentados de 11 de setembro, como as técnicas de interrogatório usadas contra alguns suspeitos detidos pela CIA. O método mais severo, a simulação de afogamento, foi usado contra Mohammed 183 vezes em 2003, antes de a prática ser proibida.
De acordo com Holder, nenhum detento será transferido imediatamente. Segundo a lei, as autoridades deverão ser notificadas com 45 dias de antecedência sobre as transferências de detentos de Guantánamo para solo americano.
Em entrevista ao chegar ao Japão para uma viagem de nove dias, Obama disse que iria insistir numa justiça rigorosa no caso de Mohammed.
As aguardadas decisões de julgamentos não afetam os 215 prisioneiros de Guantánamo. Segundo o governo, cerca de 40 detentos irão a cortes federais ou militares - além dos anunciados nesta sexta-feira - e aproximadamente 90 serão repatriados ou enviados para outros países. Analistas acreditam que será mais difícil chegar a uma decisão sobre como julgar 75 prisioneiros de Guantánamo contra os quais não existem evidências substanciais, mas mesmo assim os militares americanos dizem ser muito perigosos para serem libertados.
Responsável pelo fechamento de Guantánamo renuncia
O anúncio ocorre no mesmo dia em que o assessor jurídico da Casa Branca, Gregory Craig, que lidera o processo de fechamento de Guantánamo, deixa o governo. A informação foi antecipada pelos jornais "Washington Post" e "New York Times" e confirmada pela Casa Branca no fim da manhã desta sexta-feira.
Craig será substituído pelo democrata Bob Bauer, o advogado pessoal do presidente americano. A medida já era comentada nos bastidores da Casa Branca há semanas depois de altos funcionários afirmarem que Craig já deixara de ser o principal responsável pelo o processo de fechamento da base.
Aos 64 anos, Craig foi um dos principais assessores de Obama durante a campanha eleitoral. Como conselheiro jurídico da Casa Branca, ficou responsável pelo fechamento da base de Guantánamo.
Com a renúncia, Craig se torna o primeiro funcionário do alto escalão do governo de Obama a deixar o governo. O conselheiro dissera que não tinha planos de deixar o cargo e que o presidente acreditava em seu trabalho, mas segundo o "New York Times" a Casa Branca procurava um substituto há semanas.

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